quinta-feira, 23 de março de 2017

ÈṢÙ ESCRAVO DO ÒRÌṢÀ? NÃO QUE EU SAIBA!


Èṣù não esta privado de liberdade; não está submetido à vontade de um senhor a quem pertence como propriedade; não esta submetido à vontade de outrem e nenhuma espécie de poder ou força incontrolável.

Ele é um Ser Independente e não um Ser totalmente Dependente, que não consegue se livrar da influência e do domínio de qualquer outro Òrìṣà, que senão dos Domínios do Ser Supremo Olòdùmarè "e olhe lá".

Esse enigmático habitante dos dois planos de existências ọ̀rún - àiyé, não trabalha exageradamente, não vive entre mortais e imortais para simplesmente trabalhar e muito menos sem qualquer tipo de remuneração ou recompensa por seus trabalhos. Todo o trabalho que Èṣù for realizar, pagamento adiantado, as vezes uma barganha ou outra e poucos são aqueles que tem a graça de ouvir dele "depois você me dá um agrado"; o que se trata de um perigo eminente, pois pode ser uma cilada!

O "trickster" do Panteão Ioruba, não pode ser considerado um servo, que simplesmente trabalha como ajudante ou criado de outra Divindade. Para que algo mágico aconteça e resultados favoráveis apareçam, dependemos mais da Força de Èṣù do que do próprio Òrìṣà, ou seja, sua função junto a divindade é indispensável e insubstituível.

Então, que tal chamar Èṣù de Òjíṣẹ́ Òrìṣà - Mensageiro das Divindades ou invés de Ẹrú Òrìṣà - Escravo das Divindades? ou mesmo antes de dizer isso e outras coisas, que tal estudar um pouco de Teogonia Ioruba?

Baba Guido Olo Ajagúnà

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